"um país sussurra dificilmente, nas calçadas, nos quartos, um país puro existe, homens escuros, uma sede que arfa, uma cor que desponta no muro, uma terra existe nesta terra
olha que coisa, o grão (verdadeiro, como se diz aí em cima) a rasgar a tela como uma fotografia impressa em pedra em vez de papel. ou não é nada disto mas sim a captura verdadeira de um ectoplasma, tanto como essa técnica o permite...
Vejo-a tendo como fundo no meu ouvido "Pastelaria" de Mário Cesariny (http://cesariny.blogs.sapo.pt/3535.html).
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício
Na queda para a densidade opressora há quem ainda se lembre que existimos que podemos fazer a diferença com um bom dia que lançamos com os punhos cerrados
João e Pedro, não caibo em mim de lisonjeamento, ser fonte de introspeção e inspiração, penso ser a aspiração de qualquer blogue, por exemplo, para não ir mais longe :-). muito obrigada pela vossa generosidade e assiduidade, também, por aqui. sabemos todos que esta última é também enorme fonte de inspiração, caso contrário, dificilmente nos aventuraríamos nestas, por vezes, árduas, aventuras virtuais e siderantes. eu comento pouco (muitas vezes por falta de tempo e/ou inspiração compatíveis com as vossas mensagens), mas visito assiduamente.
Zé, nem imaginas como a ideia do ectoplasma me é entusiasmente :-). já me fizeste levantar desta cadeira em voo diáfano :-). muito obrigada, ou isso não fosse claro :-). quanto aos queliques, hesitei em por a fonte do extrato deste poema, por achar que poderia ser excessivo, mas agora a luz do dia revela que merece. ei-lo que entra em palco :-).
Rui, é mesmo isso, por entre os poros da trama da cortina de pedra, de alguns dias... :-). obrigada.
e esqueci-me de dizer que o poema "nós somos" é do António Ramos Rosa e faz parte da sua obra "sobre o rosto da terra", de 1961. é assim a poesia (como a filosofia), a linguagem da essência, por isso, intemporal.
A Iris começa a ter o dom de me irritar profundidade. E começo a achar que sente um enorme prazer, em espetar com fotografias deste calibre nos nossos pobres olhos. Como é que a Iris consegue encontrar estas coisas e eu não? Para me sentir melhor, vou acreditar que é um defeito da minha máquina... :-)
Remus, fazes-me rir alto! o enorme prazer é conseguir que as sensações, os sentimentos e as ideias que, por alguma razão, se fazem relevantes para mim, se constituam comunicação neste espaço e tempo por vezes tão precário :-). se ainda não sabes, fica sabendo que a tua "irritação" se transforma numa enorme lisonja quando passa para o lado de cá (sadomasoquismos à parte) ;-). quanto a essa brincadeira de encontrar coisas, tu sabes que são elas que nos encontram a nós, é só deixar, não é? ;-) agradecida :-)
Ignorância a minha que não sabia o que significava "Panegírico". :-) Fui fazer umas investigações e agora que sei o que significa, adequa-se ao texto e a à foto que nem uma luva! Brilhante! :)
14 comentários:
Grão verdadeiro. Excelente foto. cada vez mais adoro este blog e o teu trabalho. É uma fonte de inspiração e introspecção.
olha que coisa, o grão (verdadeiro, como se diz aí em cima) a rasgar a tela como uma fotografia impressa em pedra em vez de papel. ou não é nada disto mas sim a captura verdadeira de um ectoplasma, tanto como essa técnica o permite...
uma excelente fotografia
queliques é que aqui não são um produto local...
bêjos
Vejo-a tendo como fundo no meu ouvido "Pastelaria" de Mário Cesariny (http://cesariny.blogs.sapo.pt/3535.html).
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Na queda para a densidade opressora há quem ainda se lembre que existimos que podemos fazer a diferença com um bom dia que lançamos com os punhos cerrados
Linda e sobretudo muito original. É, de facto, uma fonte de inspiração.
João e Pedro, não caibo em mim de lisonjeamento, ser fonte de introspeção e inspiração, penso ser a aspiração de qualquer blogue, por exemplo, para não ir mais longe :-). muito obrigada pela vossa generosidade e assiduidade, também, por aqui. sabemos todos que esta última é também enorme fonte de inspiração, caso contrário, dificilmente nos aventuraríamos nestas, por vezes, árduas, aventuras virtuais e siderantes. eu comento pouco (muitas vezes por falta de tempo e/ou inspiração compatíveis com as vossas mensagens), mas visito assiduamente.
Zé, nem imaginas como a ideia do ectoplasma me é entusiasmente :-). já me fizeste levantar desta cadeira em voo diáfano :-). muito obrigada, ou isso não fosse claro :-).
quanto aos queliques, hesitei em por a fonte do extrato deste poema, por achar que poderia ser excessivo, mas agora a luz do dia revela que merece. ei-lo que entra em palco :-).
Rui, é mesmo isso, por entre os poros da trama da cortina de pedra, de alguns dias... :-). obrigada.
muitos bêjos e beijos
e esqueci-me de dizer que o poema "nós somos" é do António Ramos Rosa e faz parte da sua obra "sobre o rosto da terra", de 1961. é assim a poesia (como a filosofia), a linguagem da essência, por isso, intemporal.
A Iris começa a ter o dom de me irritar profundidade. E começo a achar que sente um enorme prazer, em espetar com fotografias deste calibre nos nossos pobres olhos.
Como é que a Iris consegue encontrar estas coisas e eu não?
Para me sentir melhor, vou acreditar que é um defeito da minha máquina...
:-)
Muitos parabéns!
Remus, fazes-me rir alto! o enorme prazer é conseguir que as sensações, os sentimentos e as ideias que, por alguma razão, se fazem relevantes para mim, se constituam comunicação neste espaço e tempo por vezes tão precário :-). se ainda não sabes, fica sabendo que a tua "irritação" se transforma numa enorme lisonja quando passa para o lado de cá (sadomasoquismos à parte) ;-).
quanto a essa brincadeira de encontrar coisas, tu sabes que são elas que nos encontram a nós, é só deixar, não é? ;-)
agradecida :-)
Que posso mais dizer? Apenas repetir que a tua visão sensível do mundo me encanta, Iris. Foi muito bom ter-nos cruzado :).
pois foi, Ana, porque a tua visão é outro encanto :-). obrigada
J'aime beaucoup les reflets, ces reflets-là.
Abrir a janela.
deixar entrar.
mais um dia com grão.
David Sylvian - Orpheus https://www.youtube.com/watch?v=4YuvdDPYEy0&feature=player_embedded
Beijinho da Maria
Ignorância a minha que não sabia o que significava "Panegírico". :-) Fui fazer umas investigações e agora que sei o que significa, adequa-se ao texto e a à foto que nem uma luva! Brilhante! :)
reflets dures, Michèle, merci.
é lindo, não é, Maria? :-)
Hélder... ufffffffffffffff... bem regressado sejas!
obrigada e obrigada também pelas investigações, espero que te tenham valido a pena ;-)
bisous e beijinhos
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