devir

ou esta liberdade que me assombra
devir da Maria
outro devir da Maria

chamo-te outono

por entre dentes

     na curva do tempo
outono do the dear Zé
outono da Maria
outono do Voltaris

"quis agarrar a ti o sol"

estrela do the dear Zé

estrela da Maria

ahorta ascendente

ahorta do Voltaris

ahorta da Maria

todo o espaço por entre o espaço que ficou

espaço da Maria
espaço do the dear Zé

deixa enrolar e rola

reboliço da Ci
reboliço da Maria

prende-me

a extrema contenção, morada da contaminação

redenção do corpo, o que me sobeja 

em lei do eterno retorno

redenção da Maria

redenção do the dear Zé

solaris

e sobre a luz ainda...

solaris da MdG

solaris da Maria

a esguelha do sentido

o horizonte repartido
esguelha da Maria

o espaço todo contido

no chão pelos teus passos vestido
chão da Maria
mais chão da Maria
chão do the dear Zé

STANDing

on the unbreakable brittleness of self-construction
Maria's standing

quando o céu não é o limite

céu da MdG

céu do Voltaris

céu do the dear Zé

infinito completo

“incompletos como as séries infinitas em matemática, onde sentimos clara e claramente a ausência do erotismo que é dado pela presença de um outro. e o erro do infinito é então um apenas: ter a ilusão que é inteiro e exaustivo, quando não”.

extrato de um texto de Gonçalo M. Tavares intitulado “seis perguntas ao senhor Breton – sobre o prazer da poesia”.

(especialmente para aqueles que gostam de comboios ou de cinema ou de cinema e de comboios ou de outros meios de transporte para o mesmo destino).

infinito da Ana Barata

infinito do the dear Zé
infinito da Ci
infinito da MdG